sábado, 11 de junho de 2011

Strange things that you miss

As coisas acabam e tem que ser assim.

E não, não estou falando de Shangela e Zeca Baleiro anão, esses estão na minha mão. Como tudo o que eu não quero muito, mas ainda assim me diverte.

Estou falando de convivência que deixa de existir. Por um lado é um alívio, convivência é algo pesado, que aprisiona, condiciona. Por outro, é um saudosismo que custa a aparecer e, quando vem, acontece nos momentos mais bizarros e é ativado por coisas igualmente estúpidas. Como por exemplo o maldito comercial do Saturday Night Live com Jim Carrey de apresentador, ele dançando como Cisne e fazendo caras de Ace Ventura.

São muito estranhas as coisas que você sente falta.

E por um momento você sente vontade de ligar e dizer: "Lembrei de você quando ele gritou e mostrou os peitos pro cara. ". E é complicado porque parece um "Oi, quero você de novo na minha vida". E não, eu não quero você de novo na minha vida. Eu sou diferente do que já fui e também você é diferente. Tudo o que passou de ruim ainda está aí, e ninguém se esqueceu disso - certamente não eu, provavelmente não você. E não quero reabrir esse espaço.

Mas foi o que houve. Jim, para seduzir o treinador, fez um balé ridículo de cisne, gritou, mostrou os peitos. E enfiou na boca todos os dedos de uma mão, fazendo uma cara igualmente ridícula. E, de repente, eu ri e a memória acenou. Principalmente do ar de riso contido ao máximo - sem sucesso - do cara que representava o treinador.

Que passe logo o programa, enfim, porque a Sony repete esta merda o tempo inteiro. E eu rio toda vez que vejo a cena. Não pretendo ver o programa, mas vai saber.