sábado, 11 de junho de 2011

Strange things that you miss

As coisas acabam e tem que ser assim.

E não, não estou falando de Shangela e Zeca Baleiro anão, esses estão na minha mão. Como tudo o que eu não quero muito, mas ainda assim me diverte.

Estou falando de convivência que deixa de existir. Por um lado é um alívio, convivência é algo pesado, que aprisiona, condiciona. Por outro, é um saudosismo que custa a aparecer e, quando vem, acontece nos momentos mais bizarros e é ativado por coisas igualmente estúpidas. Como por exemplo o maldito comercial do Saturday Night Live com Jim Carrey de apresentador, ele dançando como Cisne e fazendo caras de Ace Ventura.

São muito estranhas as coisas que você sente falta.

E por um momento você sente vontade de ligar e dizer: "Lembrei de você quando ele gritou e mostrou os peitos pro cara. ". E é complicado porque parece um "Oi, quero você de novo na minha vida". E não, eu não quero você de novo na minha vida. Eu sou diferente do que já fui e também você é diferente. Tudo o que passou de ruim ainda está aí, e ninguém se esqueceu disso - certamente não eu, provavelmente não você. E não quero reabrir esse espaço.

Mas foi o que houve. Jim, para seduzir o treinador, fez um balé ridículo de cisne, gritou, mostrou os peitos. E enfiou na boca todos os dedos de uma mão, fazendo uma cara igualmente ridícula. E, de repente, eu ri e a memória acenou. Principalmente do ar de riso contido ao máximo - sem sucesso - do cara que representava o treinador.

Que passe logo o programa, enfim, porque a Sony repete esta merda o tempo inteiro. E eu rio toda vez que vejo a cena. Não pretendo ver o programa, mas vai saber.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Jubidevan

Então. Interrompendo o ciclo de "esperança-em-alto-mar", segue uma pergunta. Que é mais pra fazer eco mermo, uma vez que essa porra tá às moscas.

Se você tem COSPLAY DE SHANGELA DO RUPAUL'S DRAG RACE de um lado e ZECA BALEIRO ANÃO de outro, pra qual você pende?

Pois é.

Essa é a minha vida, Brazyl.

terça-feira, 29 de março de 2011

A estrada é longa e o velho caminha devagar

Tenho recomeçado e está difícil. E isso é um sinal de que está acontecendo. Tenho tomado providências e lido, tenho perspectivas e promessas.

E quando eu acho que está acontecendo, há resíduos, há farelo na roupa.

Qual o motivo de reaparecer se você não tem nada de bom para oferecer?

Fantasmas, por favor: Fiquem onde estão. Não venham até a mim.

Não seria mais corajoso de minha parte fechar a porta? Então qual o motivo de ainda não tê-lo feito?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sumiço de posts para tornar o espaço utilizável

Criei esse blog para descrever um processo de trabalho no qual eu colocava toda a minha esperança e a minha fé. Mais do que isso: Onde eu coloquei toda a minha paixão.
Não vou dizer que perdi tudo isso completamente. Mas estou num momento de extremo questionamento, e óbvio que isso surgiu de frustrações. Acho que daria para ilustrar a questão com a cena seguinte: Eu passei muito tempo desenvolvendo um trabalho. Dois anos pra chegar a um projeto final, e mais um ano pensando em meios de viabilizá-lo. E ele caiu na minha cabeça. E não, isso não é metáfora. E ele era pesado: Madeiras, argila e tudo quanto eu tinha direito. Se isso não configura uma crise, eu não sei o que configuraria.
Todas as idéias que eu tinha, eu acredito ainda. Mas... Não basta. Depois das idéias, tem que ter a confiança dos outros. E depois da confiança dos outros, a coisa tem que se manter em pé. E talvez seja fácil. Difícil é recuperar o combustível. É reacender. É continuar escrevendo mesmo depois das risadas. Que aconteceram e foram na minha frente. É ainda ter cara de falar com quem não prestou nem o básico de primeiros socorros. Lema da galera: "Humanidade: Não trabalhamos".

...

É refazer, é recomeçar o projeto do zero. Rever os próprios erros, ter a força de refazer. Parece tão fácil falando. Mas é tão difícil quando você já teve que enfrentar todo mundo antes. Você era aquela que não podia falhar, e falhou. Você enfrentou todo mundo e se ferrou no final. Como? Como se refazer sem se dilacerar mortalmente no meio do caminho?
No meio do caminho há o mundo. E um despreparo pra ele.